
As atividades começaram às 15h com a chegada da bandeira, seguida de missa às 17h. Às 18h, ocorreu o levantamento do mastro e a queima da fogueira, momentos de forte simbolismo para os fiéis. O jantar, servido às 19h, contou com a oferta de quatro vacas, garantindo fartura aos presentes. A noite se encerrou com baile e leilão a partir das 21h. Para facilitar a participação, ônibus fizeram o transporte do público entre a cidade e o local da festa.
Em entrevista ao Portal Regional MS, Zé Galdino destacou a satisfação em sediar o evento: “Nossa, é muito prazeroso estar contribuindo com a comunidade de Figueirão”.
A celebração também foi marcada por histórias de continuidade e promessa, como a da família de Sebastião Nogueira da Silva, que faleceu há quatro meses. Seus filhos, José Aparecido da Silva e Luciene Teodora, assumiram a missão de festeiros para manter a tradição que o pai seguia com devoção.
A FESTA
A Festa de Nossa Senhora da Abadia é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Figueirão, realizada desde 1926. Sua origem remonta a um voto feito pelos irmãos Nego Caruncho e Joaquim Caruncho, juntamente com Manoel e Joaquim Crisoste Furtado, pedindo proteção da santa contra episódios de violência e saques que marcaram a época da Revolução. A promessa incluiu rezar o terço durante 30 dias, percorrendo fazendas com a bandeira da santa, prática que segue viva até hoje.
Quase centenária, a festa mantém sua força e simbolismo, reunindo gerações em um ato de fé e preservação da história local.