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BRASÍLIA – O Ministério do Planejamento e Orçamento definiu o valor do salário mínimo para o próximo ano. A partir de 1º de janeiro de 2026, o piso nacional passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621. O reajuste representa um aumento de R$ 103,00 (6,79%) no contracheque do trabalhador.
Vale lembrar que, como o salário é pago referente ao mês trabalhado, o primeiro pagamento com o novo valor cairá na conta dos brasileiros apenas no início de fevereiro de 2026.
Matemática do Reajuste
O valor final ficou levemente abaixo das projeções iniciais (que giravam em torno de R$ 1.631) devido à inflação menor que a esperada. O cálculo seguiu a nova regra aprovada em 2024, que limita o ganho real. A conta fechou assim:
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Inflação (INPC): 4,4% (reposição do poder de compra).
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Ganho Real (PIB): 2,5% (teto estabelecido por lei).
Quanto sobra na conta? (Valor Líquido)
Embora o salário bruto seja de R$ 1.621, o trabalhador precisa ficar atento aos descontos obrigatórios. Para quem ganha um salário mínimo, a alíquota de contribuição ao INSS é de 7,5%.
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Salário Bruto: R$ 1.621,00
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Desconto INSS (7,5%): – R$ 121,57 (aprox.)
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Salário Líquido (na mão): R$ 1.507,15
Nota: Quem ganha até este valor continua isento de Imposto de Renda.
Efeito Cascata
O aumento do mínimo não afeta apenas quem está na ativa. Ele serve de base para reajustar:
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Aposentadorias e Pensões: Beneficiários do INSS que recebem o piso terão o reajuste automático.
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Seguro-Desemprego e Abono Salarial (PIS/PASEP): Seguem o novo valor.
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Teto do INSS: Para quem ganha acima do mínimo, o teto da aposentadoria deve subir para cerca de R$ 8.500,00, mas o índice oficial para quem ganha acima do piso só será confirmado em janeiro.
Imagem: Divulgação



