
Sérgio Cruz
A frente das tropas da expedição brasileira, destinada a combater os inimigos na fronteira, a comissão de engenharia da força expedicionária alcança o rio Taquari em 11 de dezembro de 1865, segundo relatório do tenente Taunay, integrante da comissão:
“Percorremos uma outra légua a rumo O e atingimos a margem esquerda do majestoso Taquari, depois de 5 1/2 léguas de viagem, caminhando, ora entre cerrados, ora entre capoeiras de difícil trânsito. O Taquari. Formado pelos rios Pântano e São José de um lado, Ariranha e /Taquari propriamente dito do outro, (os quais têm as suas cabeceiras em uma zona de sete léguas, mais ou menos), apresenta já aí considerável massa de água; largura de 72 metros e profundidade variável; oferecendo mais adiante do porto nado em toda sua extensão, mesmo nas maiores secas.
A sua correnteza é extraordinária na cachoeira que aí se forma, modificada no remanso, onde tem apenas a velocidade de 1,10 a 1,30 por segundo: o leito é de areia e em alguns lugares de rocha; corre na direção S.S.O. A passagem é feita por meio de uma canoa que os viajantes terão muitas vezes que ir buscar a nado na margem oposta, pois que não se encontram barqueiros”.
(Foto: PC de Souza)
FONTE: Taunay, Em Mato Grosso Invadido, Edições Melhoramentos, S. Paulo, sd., página 99.



