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Alerta epidemiológico: dengue avança em MS com mais de 13 mil casos prováveis e 18 óbitos

Boletim da Secretaria de Estado de Saúde aponta cenário crítico para o final de 2025, com disparada de infecções por dengue e chikungunya em diversas regiões do estado.

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O estado de Mato Grosso do Sul encerra o ano de 2025 em estado de alerta sanitário. O mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), referente à 45ª semana, confirma uma escalada preocupante nas arboviroses. Os dados apontam para 13.551 casos prováveis de dengue, com 8.299 confirmações laboratoriais ou clínico-epidemiológicas.

O cenário se agrava com a confirmação de 18 mortes decorrentes da dengue, enquanto outros sete óbitos permanecem sob investigação. O aumento expressivo dos números ocorre em um período crítico, onde a combinação de chuvas frequentes e altas temperaturas favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Mapa dos óbitos e incidência

 

A doença atingiu fatalmente moradores de diversas regiões, demonstrando a capilaridade do surto. As mortes confirmadas ocorreram nos seguintes municípios:

  • Região Norte/Leste: Inocência, Três Lagoas, Coxim, Água Clara, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo.

  • Região Sul/Fronteira: Dourados, Ponta Porã, Iguatemi, Paranhos, Itaquiraí, Nova Andradina.

  • Pantanal e Central: Aquidauana, Miranda, Campo Grande.

Entre as vítimas fatais, sete apresentavam comorbidades, fator que historicamente agrava o quadro clínico da doença.

Apesar do cenário geral de alta, o boletim identificou uma baixa incidência de casos confirmados nos últimos 14 dias em cidades como Dois Irmãos do Buriti, Jardim, Nioaque, Bonito e Dourados. Contudo, autoridades sanitárias alertam que a instabilidade climática exige vigilância constante.

Vacinação avança lentamente

 

A imunização, principal ferramenta de prevenção a longo prazo, ainda caminha a passos lentos. Até o fechamento do boletim, foram aplicadas 201.633 doses da vacina contra a dengue.

O Ministério da Saúde enviou ao estado um total de 241.030 doses, destinadas especificamente ao público de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos (até 14 anos, 11 meses e 29 dias), faixa etária que lidera as hospitalizações. O esquema vacinal completo exige duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.

Chikungunya também preocupa

 

Paralelamente à dengue, a febre chikungunya apresenta números alarmantes, superando inclusive os casos prováveis de dengue em algumas métricas:

  • Casos prováveis: 13.684

  • Casos confirmados: 7.536

  • Óbitos: 16 confirmados

As mortes por chikungunya foram registradas em municípios como Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi. Um dado que chama a atenção das autoridades é o registro de 74 gestantes infectadas.

Recomendações à população

 

Diante do avanço simultâneo das duas doenças, a SES reforça o perigo da automedicação, que pode mascarar sintomas ou agravar quadros hemorrágicos.

Sinais de alerta que exigem atendimento médico imediato:

  • Febre alta e persistente.

  • Dor intensa no corpo e nas articulações.

  • Manchas vermelhas na pele.

  • Vômitos ou qualquer tipo de sangramento.

Imagem: Divulgação

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