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O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta terça-feira (28) que o Governo Federal havia negado pedidos de ajuda para operações policiais no estado em três ocasiões anteriores. Segundo Castro, essa recusa deixou o estado “sozinho” na ação realizada nesta manhã nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em pelo menos 60 mortos em violentos confrontos.
“Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, declarou o governador.
A GLO (Garantia da Lei e da Ordem) é um dispositivo constitucional que autoriza o uso das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) em ações de segurança pública, sob comando presidencial, quando há esgotamento das forças policiais estaduais.
A TV Globo teve acesso a ofícios de 28 de janeiro, nos quais o governo do RJ solicitava veículos blindados ao Exército e à Marinha, pedidos que não foram atendidos.
“Guerra passando dos limites”
Cláudio Castro intensificou as críticas, afirmando que a situação “tem muito pouco a ver com segurança pública” e que a “guerra que está passando dos limites” exige maior participação federal.
“É uma operação de defesa… não é mais só responsabilidade do estado. O estado está fazendo a sua parte, sim, mas quando se fala em exceder… as nossas competências, já era para estar tendo um trabalho de integração muito maior com as Forças Federais, o que nesse momento não está acontecendo”, cobrou Castro.
Governo Federal oferece ajuda
No final da tarde, após a repercussão da operação e das declarações, o governador informou que recebeu um telefonema do Ministro da Casa Civil, Rui Costa, que se colocou à disposição para ajudar.
“Ficamos de nos falar ao fim da noite para entender os passos de amanhã,” disse Castro, que buscou reduzir o tom político do embate: “Eu não acredito que segurança se faz politizando. Então, qualquer ajuda que o Governo Federal quiser dar dentro do que a gente necessita será bem-vinda.”
Imagem: G1
